Sobreda por trás das cortinas...
Apr 18, 2015 23:00:15 GMT
Post by Aldonin on Apr 18, 2015 23:00:15 GMT
Era segredo, mas era um segredo muito mal guardado. Todos os habitantes da ilha da Sobreda sabiam bem que o Partido Comunista da Sobreda e a Frente de Libertação da Sobreda andavam de mãos dadas. Era frequente ver homens procurados pela justiça em almoços do partido, bem como militantes do PCS a serem detidos em rusgas a instalações da FLS no interior das selvas sobrenses. Durante décadas se tinha vivido nesta espécie de teatro. Os comunistas não chateavam muito, a Frente tinha o monopólio no tráfico de produtos ilegais e as autoridades deixavam as coisas andar e viviam bem com os subornos.
No entanto, com a queda da monarquia tinha caído também a firmeza com que os rebeldes eram tratados, o orçamento militar tinha caído para níveis nunca vistos e o actual governo, liderado pelo Partido Socialista Unido, era visto como pacifista e fraco. Fervilhava nas mentes revolucionárias a tão aguardada guerra pela libertação definitiva do território da Sobreda, e as constantes imposições ao PCS vindas do continente faziam apenas com que a opinião pública juntasse a sua voz à voz dos comissários revoltados que davam discursos inflamados um pouco por toda a ilha.
O PCS não era um partido marginal, como sucede aos partidos comunistas um pouco por todo o mundo. Na Sobreda tinham tido 46% dos votos nas últimas eleições regionais e agora o Tribunal Constitucional ameaçava a sua exclusão das eleições dentro de 5 meses. Mário Torres, o líder parlamentar do partido, andava há meses a tentar convencer Duarte Simões, o secretário-geral, a avançar definitivamente para a luta armada, mas este resistia. Cavaco Torres via esta recusa como um resquício dos velhos tempos monárquicos que teimava em não desaparecer, uma cobardia ideológica que tinha que ser ultrapassada.
No dia 17 de Abril de 2015, Duarte Simões morreu durante o sono, e enquanto comunistas e revolucionários da Sobreda choravam a morte do seu líder histórico, Mário Torres estabelecia os contactos certos dentro do Comité Central para garantir que seria ele o novo líder. Um novo capítulo estava a chegar para a Sobreda...
No entanto, com a queda da monarquia tinha caído também a firmeza com que os rebeldes eram tratados, o orçamento militar tinha caído para níveis nunca vistos e o actual governo, liderado pelo Partido Socialista Unido, era visto como pacifista e fraco. Fervilhava nas mentes revolucionárias a tão aguardada guerra pela libertação definitiva do território da Sobreda, e as constantes imposições ao PCS vindas do continente faziam apenas com que a opinião pública juntasse a sua voz à voz dos comissários revoltados que davam discursos inflamados um pouco por toda a ilha.
O PCS não era um partido marginal, como sucede aos partidos comunistas um pouco por todo o mundo. Na Sobreda tinham tido 46% dos votos nas últimas eleições regionais e agora o Tribunal Constitucional ameaçava a sua exclusão das eleições dentro de 5 meses. Mário Torres, o líder parlamentar do partido, andava há meses a tentar convencer Duarte Simões, o secretário-geral, a avançar definitivamente para a luta armada, mas este resistia. Cavaco Torres via esta recusa como um resquício dos velhos tempos monárquicos que teimava em não desaparecer, uma cobardia ideológica que tinha que ser ultrapassada.
No dia 17 de Abril de 2015, Duarte Simões morreu durante o sono, e enquanto comunistas e revolucionários da Sobreda choravam a morte do seu líder histórico, Mário Torres estabelecia os contactos certos dentro do Comité Central para garantir que seria ele o novo líder. Um novo capítulo estava a chegar para a Sobreda...