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Post by Confederação Portuguesa on Jun 2, 2015 10:08:36 GMT
Uma delegação paulista prepara-se para visitar o coração da Confederação, Angola. A Confederação, como estado secessionista português nunca teve grandes relações diplomáticas com São Paulo, no entanto nunca houve situação de conflito. Há uma certa aura, talvez motivada pela emigração em massa de portugueses para São Paulo, o "El Dorado" português, ligada a Monarquia, o que leva as autoridades confederadas a verem em São Paulo com uma certa suspeita. São Paulo era também o grande rival confederado em matéria de Turismo... A legação paulista terá de ter cautela com as autoridades confederadas. Todo o processo será feito numa grande sala de visitas da cidade de Luanda, na Fortaleza de São Miguel, recentemente reconvertida em Pousada (hotel de luxo), e com umas vistas assombrosas sobre a baia de Luanda. Talvez fosse uma mensagem confederada para impressionar os paulistas, e transmitir-lhes que havia outra "cidade maravilhosa"...
Vista da Fortaleza sobre a Baía de Luanda, a grande praia de Angola.
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Post by São Paulo on Jun 5, 2015 4:51:32 GMT
OOC: O Rio de Janeiro não faz parte de São Paulo, mas todo o litoral brasileiro de São Paulo até o Rio da Prata sim. Fora que existe uma rixa tradicional entre paulistas e cariocas e a crença do "pecado paulista" de virar as costas para o Mar e dar preferência aos rincões d'América.
Enquanto o avião de passageiros da Viação Aérea de São Paulo (VASP) sobrevoava Luanda, até obter a autorização para pouso, Franco Montoro ficou maravilhado com a beleza da cidade e de suas praias comentando com o seu secretário (vice-ministro) de como lembrava as praias do litoral norte paulista, com a única diferença da civilização da cidade.
No fim da manhã, próximo a hora do almoço a delegação paulista chegava ao aeroporto de Luanda, desembarcando o ministro André Franco Montoro, secretário de ministério Francisco de San Tiago Santas, o senador Tancredo Neves e o deputado Ulysses Guimarães.
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Post by Confederação Portuguesa on Jun 11, 2015 9:37:35 GMT
Ooc: opah desculpa a falencia geogtafica da minha parte. Para todos os efeitos sao grandes praias mesmo a sul, e adversarios de peso no turismo em relacao ao que a Confederacao tem para oferecer. Nem mencionei o norte por causa das leis moralistas...
ic:
O corpo diplomatico paulista é recebido com todas as honras de Estado no aeroporto de Luanda. Para todos os efeitos São Paulo ainda era o El Dorado de muitos portugueses, e extensas e intensas relacões uniam os dois paises para o bem e para o mal. A incorporação, ainda que forçada, de Portugal na Conferação exigia reconhecimento internacional. São Paulo enquanto monarquia poderia apoiar a casa monárquica, depois a Confederação estava inevitavelmente associada à esquerda, nomeadamente à social democracia... havia um certo aperto. São Paulo estava no meio de uma crise politica que poderia degenerar em guerra... ditadura vs democracia, um grande dilema. Os velhos republicanos, como Norton de Matos, seguem uma linha de politica internacional terrivelmente ligada a weltpolitik. Tudo para eles e ideologico, chegam ate a ser idealistas... as geracoes mais novas, essas ja sao mais lucidas. Gostam do Realpolitik, para eles o que importa e mesmo o poder, capacidade de projecçao e o capital, ideologias apenas interessa manter a fachada. Norton de Matos, que viveu com fel os tempos do Sidonismo em Portugal, ja se prepara para um achaque violento caso os diplomatas paulistas lhe proponham apoio à ditadura. O corpo diplomatico e entao conduzido em cortejo para a Fortaleza... Norton de Matos esta ansioso por ouvir as missivas. Os Paulistas tem um duro desafio pela frente
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Post by São Paulo on Jun 13, 2015 3:50:59 GMT
Franco Montoro ainda estava maravilhado com Angola, era a primeira vez dele n'África. Ao chegar na Fortaleza, se dirigiu ao dignatário diplomático luso e disse:
- É minha primeira vez na África, gostei muito da organização, beleza e limpeza da cidade, talvez devêssemos desde já estabelecer uma linha direta entre as prefeituras de Luanda e Santos (ooc: balneário turístico principal de São Paulo), mas não atravessei o Atlântico para tratar amenidades de municipalidades, antes do bom dia senhor De Matos, São Paulo deseja intensificar as suas relações diplomáticas, comerciais e até militares com Portugal. Tenho passe livre do chanceler De Pupo e do recém indicado à coroa, o príncipe Maximiliano para negociar um tratado de livre comércio e de cooperação militar mútua. Como se diz na minha terra, devemos "comer com pratos limpos" estas são nossas intenções: o futuro juntos.
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Post by Confederação Portuguesa on Jun 15, 2015 14:18:48 GMT
Azar do diplomata paulista, deparou-se precisamente com o Presidente Norton de Matos, que apesar do aspecto de "velhinho simpático" era uma autêntica raposa velha.
General Norton de Matos: Folgo em saber vossa excelência a vossa vontade em unir a Lusofonia em prol de uma grande égide comum. Francamente sinto-me mais compelido à união da lusofonia do que propriamente a outro tipo de acordos, e acho que há muitos colegas meus que estão em sintonia com o assunto. O mundo hoje em dia tende para a bipolaridade, Fenwick - Triestin, capital ou socialismo... Está tudo maluco, antigamente não era nada disto e confesso que não sei o que vai sair dali. Francamente tendencialmente, e cometo uma heresia em dizer isto, a nossa simpatia tende para Fenwick... Pelo menos é uma democracia e não uma tirania mascarada de democracia como se dizem os "democratas centralizados" de Triestin. A demais, há questões próprias da lusofonia, que só nós mesmos entendemos. Que adianta explicar a um diplomata estrangeiro as questões dinásticas de Portugal? O porquê da Confederação? Não viveram... É cultural para eles entender é fácil mas não sentem nem o vivem.
Livre comércio nunca lho irei garantir, os Estados comportam-se de maneira diferente se é que me entende... É dificil conseguir um consenso, e os Estados Confederados são muito mas muito proteccionistas, por vezes o Governo tem de forçar a abertura de comércio entre si. Posso é garantir uma taxa comercial fixa e não revogável, salvo em novo tratado/rectificação, em certos produtos, e facilitar mesmo as viagens entre cidadãos. Podemos dar um passo novo na História, acabar com o passaporte de vez entre nossos países, e basta apenas um visto de entrada passado pelas alfândegas. Que me diz? Isso facilitaria o comércio e ajudaria a convencer os Estados a aceitarem mais os Paulistas.
Acordo Militar... Isso já era esturro para Norton de Matos. Norton andava a jogar perigoso, tinha um espécie de cooperação militar com Fenwick e isso poderia custar caro o seu projecto. Ainda não se sabia como entrara aquele capital todo na companhia que explora o caminho de ferro transcontinental de África. Faz uma manobra de diversão e leva o diplomata para um baluarte vazio da Fortaleza onde não estava ninguém, puxa-o para dentro de uma antiga guarita de sentinela...
General Norton de Matos: Vá lá Sr Dr Franco Montoro... Que o leva a querer um acordo militar com a confederação? Uma possível reunificação da América do Sul sub a vossa égide? Ou então golpes de Estado que se andam a planear em seu país?
Norton de Matos poderia na primeira vez na Historia da Confederação aceitar uma aliança militar, mas tinha de ter garantias...
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Post by São Paulo on Jun 17, 2015 5:02:05 GMT
Franco Montoro conhecia a fama de Norton de Matos de longe, mas não esperava que ele fosse belicoso como era no Parlamento Bandeirante o Partido dos Trabalhadores, de qualquer forma, é um velho rato da política, intransigente defensor da liberdade e da democracia, mas com exímio jogo de cintura, não por menos recebera o laissez passer do Chanceler De Pupo e do hoje defunto Imperador Amadeu à conduzir os negócios estrangeiros com poderes imperiais emprestados, qualquer acordo que celebrasse teria o mesmo efeito de uma assinatura do Imperador, mesmo estando vacante a Coroa, por justamente ser o Guardião da Bandeira de Sto. Antônio, o homem de confiança do Poder Imperial.
Franco Montoro:General Norton, o nosso anseio não é de meramente uma união política, mas do resgate da história comum de nossos povos que se perderam há séculos. Apoio e posso imediatamente assinar um tratado destes de livre trânsito entre nossas nações, o fim da exigência de passaporte, apenas estar portando um bilhete de identidade garante o acesso. Excelente idéia e tal proposta nem precisaria passar pelo Congresso Nacional Paulista, posso outorgar por autoridade imperial e passaria por parte de São Paulo a ter vigência imediata.
Com a brusca puxada de Norton, um velho militar, Montoro percebeu que estava pisando em terras perigosas, mas prosseguiu com seu espírito político e do Direito, como típico egresso da Faculdade de Direito de São Paulo.
Franco Montoro: Norton, irei chamá-lo assim diretamente para perceber o quão sério tenho para dizê-lo, sou o próximo Chanceler do Governo de São Paulo isso é ponto pacífico com meu partido, a Democracia Cristã, assim quero conduzir São Paulo e quem estiver conosco à uma nova ordem mundial, no cenário internacional. Hoje o mundo resume-se a Almada e Triestin, não acho justo ficarmos fora disso. São Paulo hoje é uma das maiores potências militares do país e com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (Orçamento Público do Estado Paulista) pro próximo ano fiscal deve aumentar em 20% do PIB às Forças Armadas. São Paulo irá se estabilizar como um Regime Democrático, as últimas aventuranças militares que estão ocorrendo irá aquietar a nossa Caserna, não coadunarei nunca com um coup d'état, deixo esse tipo de amadorismo aos meus colegas brasileiros do norte, essa é a diferença em negociar com uma Paulista ou com um Baiano. Nós, do Sul do Brasil, somos determinados, eles do Norte, qualquer sombra fresca e água de coco basta. Iremos combater o Comunismo, mas de forma diplomática, para tal, devemos ter força bélica, Realpolitik, general, isso vossa excelência entende bem. São Paulo entrega como garantia desde já o reconhecimento à Confederação como a única e legítima Portugal, mesmo sendo uma Monarquia, nós reconheceremos o poder de vocês, não de qualquer casa real. É o que propomos desde o Novo Mundo. Está disposto?
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Post by Confederação Portuguesa on Jun 19, 2015 14:57:40 GMT
Seria o mesmo que dizer... Resposta errada. Norton de Matos estava nem aí nos planos de Franco Montoro. Apesar de social democrata era um "social democrata musculado", para um verdadeiro social democrata ferozmente laico todo democrata cristão tinha um bafio de "igreja", um certo que de direita ultra-montana envergonhada. Isso eram pontos negativos para Franco Montoro... Franco Montoro tinha tido a ideia triste de responder com pacifismo, passou imagem de fraco.
General Norton de Matos: Caro Sr... Só mesmo com opinião do Congresso, sem ele não me manifesto. Mas desde já o aviso, o Congresso não vai para além das fronteiras da Liga Africana. Depois teria de ser consultada Freedonia. Para todos os efeitos, são o que mais próximo de aliado militar temos...
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Post by São Paulo on Jun 24, 2015 4:31:38 GMT
Franco Montoro: General Norton, o senhor precisa entender a posição de São Paulo hoje e porquê lho propomos isso. Ao sul temos comunistas e ao norte fascistas teocráticos. São Paulo está no meio deste barril de pólvora sendo a única democracia pacífica da América, por isso que encontramos na Confederação Portuguesa como um apoio para a manutenção da decência na Lusofonia. Proponho-lhe firmarmos o Pacto do Atlântico, como prova disso podemos caso o senhor entenda possível este pacto luso-bandeirante, um investimento de 19 milhões de Cruzeiros (19 pontos) da Companhia Siderúrgica de São Paulo (COSIPA) em Portugal. Queremos unir o Atlântico para um V Império, General!
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Post by Confederação Portuguesa on Jul 8, 2015 12:52:57 GMT
Norton de Matos: Mantenha Triestin fora disto, e eu mantenho Fenwick, assinamos o Tratado do Atlântico, pode ser? Eu sei o que é governar com Fascistas Teocráticos como visinhos... Nós temos outros ao lado... Peço é que hava observância sobre a Liga Africana, e respeito perante Freedónia que é um exemplo de democracia e progresso da Humanidade.
Franco Montoro havia atingido em cheio as ideias do velho General Norton de Matos, a sua proposta visava literalmente a criação de um terceiro bloco, o Bloco Atlântico, o bloco da Lusofonia, independente dos tradicionais Capitalistas vs Socialistas.
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Post by São Paulo on Jul 8, 2015 13:36:35 GMT
Franco Montoro: Creio que havemos um negócio. Podemos fazê-lo da forma melhor que vossa excelência desejar.
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